quarta-feira, 2 de julho de 2008


...girando girando girando...girava sentada na bolinha não tão perfeita e observava o universo com seu pisca-pisca ligado...



Do túnel aberto na água saiu um vapor quente como se tivessem acabado de abrir o forno e acertou em cheio o rosto da menina que apertou os olhos e pulou se agarrando nos primeiros degraus. Uma escada tão vertical que mais parecia uma parede, ela colocou um pé e escorregou sem conseguir se segurar em mais nenhum outro e caiu tentando inutilmente se agarrar ao que agora parecia água. À medida que caia a região acima era preenchida de água e agora ela rezava para chegar ao espaço impermeável antes de ser engolida pelo Grande Lago.



Passou por uma coisa gelatinosa, como uma membrana transparente e se chocou contra o chão, um baque surdo ecoou naquele lugar.
Um lugar estranho por sinal, de ar denso e por muitas vezes de um transparente colorido soltando relampejos que iluminavam o local de pura areia seca.



Atolada na areia, pensei que aquele pontinho verde não se mexeria mais. Depois de algum tempo ela se sentou no chão e ficou observando ao seu redor, a cada lampejo de luz algo que ainda não havia observado se revelava. Portas.
Milhares de portas soltas na areia, em pé como se estivessem fincadas no chão, a menina levantou indecisa tentou abrir uma, mas nada acontecia, cavou pelo chão até achar uma pedra e jogou contra a porta que se abriu instantaneamente. Um jato de luz veio do ‘outro lado’ só consegui ver um vulto rápido do vestido atravessar. Não saiu do outro lado, na areia, apenas sumiu junto com o jato de luz, dei graças aos céus. Isso era o que eu esperava.

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