domingo, 27 de setembro de 2009

Um suspiro doce =)

No inicio era o vazio, apenas o vazio. Não havia ninguém para eu conversar, nem mesmo nada para admirar, mas um dia tive um sonho. Sonhei com lugares verdes e dias molhados... acordei me sentindo estranho, tão só e tão frio.

Mas a escuridão era tamanha que nem minhas próprias mãos eu conseguia enxergar.

Ascenda a luz! – eu disse. Em um piscar de olhos a luz apareceu, mas assim como veio foi se esvaindo para só voltar no dia seguinte.


Durante a nova escuridão, à qual chamei de noite, pinguei pelo caminho pequenas luzes para não voltar a viver nas trevas.


Ficou tão bonito! Com receio estiquei as pernas e fui caminhar aqui ou ali naquela nova dimensão.

Não mais voltei. Me perdi no universo das cores, letras e canções.

Agora eu sou mais um louco errante em busca de emoções... São tantas emoções!(XD).



Quero ir
Quero um pouco
Espera

Quero ir
Pela primavera
Quero ir
Seu pensar já era

Quero ir
Quero quero quero
Quero quero quero
Quero ir

O sol daqui é pouco
O ar é quase nada
A rua não tem fim
Eu volto prá Bahia
Ou para Cachoeiro de Itapemirim
Raul Seixas - Quero ir

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E o lobo fez fuuuuuuu ! ! ! ! !

É sério! Eu me decepciono rápido com as pessoas.

Não acredito como não vi isso antes. Esse lado arcaico que chega risca o chão por se arrastar atrás do seu corpo, seus pensamentos nublados que embaçam a visão.

Abre-te Sésamo! Liberta essa mente e se entrega de vez ao balanço das águas.


A vida, camarada, não passa de um sopro, rápido e leve.

Pra alguns ela é árdua e brutal, mas pra outros ela se assemelha a um copo de suco gelado num dia de verão.

Mas pra mim, ah! Pra mim, camarada, a vida é água cristalina que corre sem cessar e eu sou a pedra.

Eu, bruta e áspera, pedra pesada no meio das águas sou lapidada aos poucos por ela.


Viver, para o ser humano, deve ser encarado como aprendizagem continua a qualquer situação que se estabeleça, mas ser lapidado é uma escolha que a pedra faz.




Ps.: A água é mole e a pedra é dura tanto bate até que fura.





HBMS voltando a ser a dona do mundo. \o/ Meu próprio mundo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Sunday Smile

'Sei não viu... Coitado do homem que cai nas artimanhas do amor.'


Faz tempo que eu não escrevo nada, nem que preste nem que não preste. O que será que houve?

Quem sabe... Quem saberá?


Tava observando como o mundo das letras é tão sortido, tão frustrante e por tantas vezes uma bem grande mentira.

Reparei que metade das músicas e livros é sobre amor, intriga ou assassinatos. Ora bolas! Se a vida dos mortais se reflete mesmo nesse tipo de coisa só posso dizer que eles não fazem nada de interessante.

Comem, bebem, sujam, matam, reclamam, gritam e morrem.

Fiquei pensando naquilo que iguala o ser humano a qualquer coisa que possua vida. A morte.

Morrer talvez seja o ato supremo de igualdade, aquilo que nos põe integrado ao máximo com a natureza e com o cosmo. A morte é o instante onde ele pode voltar a se sentir animalesco e lutar pela sobrevivência no seu último suspiro.

A parte ruim é que não si está em consciência depois para sentir a magia que deve ser a tal da morte.

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Semana passada eu fui assistir alguns mortais tocando e cantando em cima de um palco.

Posso dizer que foi muito interessante de ver a euforia das pessoas e suas posições perante o momento em que poderiam comprovar a existência daquilo que só conheciam a partir de CDs e vídeos pela internet.

Beirut.

Ouvi sem querer querendo por aí, aqui ou aculá e encontrei certa beleza excêntrica naquele som. Algo quase alucinógeno para mim, manipulador de humanos.

Continuei ouvindo por um bom tempo e cada vez mais sentia incorporar a sensação das músicas.

Naquele dia, em pé, atrás de algumas pessoas desesperadas e eufóricas, eu passei despercebido na minha fantasia de humana e ouvi pessoalmente eles tocarem.

Beirut.

Soube então que sentiam a mesma coisa que eu, ou pelo menos faziam de conta que estavam a sentir.

Aquela loucura que emanava dos instrumentos e da voz cortada e fora do tom faz parte de todo o universo surreal onde pairam as músicas.

Universo de pensamentos... Porque pensar é a maior loucura que alguém pode fazer.