segunda-feira, 29 de junho de 2009

Olha ela lá !

Escrever é uma das poucas formas que tenho de liberar meu espírito e vontades e desejos e sonhos e vontades e espírito e desejos... e vazios.


Será que eu, que acho a vida tão sensível, não vou saber entender o quão sensível você é?


Às vezes me vejo tal qual a flor de um cacto, sozinha no deserto, abraçada com os olhos porque se tocar a dor é certa.


Ela não sabe pedir desculpas... São tantas coisas que ela não sabe mais quantas que ela não faz.


Ela não sabe dizer que ama, tem medo de abraços e de lágrimas. Tem tanto medo de acertar por acaso que sempre vai errar. Vai errar até o dia em que o acerto será inevitável... Isso sempre acontece, o que é que se pode fazer?


Coisas simples continuam me marcando. Marcas a fogo.

Pois quanto mais séria ela vai, mais desmanchada ela fica.



domingo, 28 de junho de 2009

Fuuuu ! - é assim que o vento faz.

Um tsuru passou voando, anunciava a boa nova de que a sorte está por vir.


Rua vazia, até porque já passou das dez e aqui só continua do lado de fora os bêbados, vagabundos, sem tetos e eu.
O sereno cai parecendo um chuvisco e a calmaria é tão grande que chega a assustar. Odeio ser pessimista, mas uma guria andando sozinha à noite é alvo fácil demais, tão fácil que se eu fosse o ladrão já teria caído por cima, sem arma nem nada.
Um baque leve por trás de mim me dá um arrepio e aumento o tamanho dos passos, queria tanto um retrovisor meu deus!, passei por um carro parado e aproveitei pra olhar o que vinha por trás.
Não vi nada. Virei o corpo pra confirmar. Não gritei. Não chorei. Não corri. Oh, raiva por não ter corrido! Me apoiei na parede e coloquei a mão na cintura, estilo vou rodar a baiana, não sei se ajudou muito, mas ele recuou. Puxou as rédeas e o cavalo recuou de novo. Seu manto reluzente e a sua lança de guerra me amedrontavam, olhei a sua face e aquele semblante calmo e protetor me desarmou, segui para casa.
Eu estou vestida com as roupas e as armas de Jorge.
Salve Jorge! Salve Jorge!
Para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

'Olhai o sinal ficou verde' !

A moral vai muito além do bem, muito além do mal.



Queria estar viva daqui a uns milênios pra saber como estarão as coisas, como ficarão...

Se as pessoas realmente mudam pra que lado será que elas irão navegar a vida?

Será que aquela ruína ainda estará ali daqui a uns duzentos anos?!

Como será o sorriso dos que virão?

Ainda existirá o raro brilho do olhar?

A única certeza que tenho é de que haverá alguém com as mesmas dúvidas, com as mesmas fraquezas e crente da incerteza, assim como eu... assim como você.



Minha vida se resume a poucas coisas, em poucas palavras, apenas em mim... Seria quase nada se eu não fosse um intervalo entre o mais e o menos infinito.




Meu desejo assola enquanto eu ando na rua e me impulsiono com os pés para a frente, para a frente, para a frente e para trás. E entre as pessoas eu fico parada olhando pro céu alimentando meu desejo de parar em outro planeta, de ver o universo de fora, fora de mim e fora do mundo. O sinal já fechou, mas eu continuo para frente e para trás pra quem sabe uma hora voar por aí, sem ser pássaro, super homem ou avião.



domingo, 21 de junho de 2009

Volto já !

Saí pra ver o mundo, mas não se preocupe, quando voltar darei as honras de minhas descobertas.











Hasta la vista baby !

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Foi ele !


Mentir faz parte do ser humano. Talvez outros animais também se utilizem da artimanha que é a mentira, mas o ser humano sente remorso, ou não, pela mentira dita ou por ser descoberto com as calças curtas.
Ah! Mentira me mata e eu menti. Foi uma mentira boba, só que agora vem tomando dimensões cósmicas.
Contarei pra que você remedi o infortúnio que deve ter sido conviver com a minha mentira...
O Sol não virará um buraco negro. Eu sei, a pior das mentiras é aquela contada sobre algo que você espera ansiosamente, o que eu poderia fazer?! Contar a verdade nua e sem graça não traria o mesmo ânimo, afinal, quem iria gostar de ouvir que o nosso Sol, aquele que nos atrai, queima a pele e giramos ao redor poderá ter o triste fim de se expandir em gigantes vermelhas e depois de alguns colapsos formar anãs brancas que se esfriam e apagam...logo nosso Sol que é tão quentinho e amarelo.




Ping ping ping ping... Era só mais um chuvisco.
Fui fechar a janela e o cacto caiu. Amparei com as mãos e me enchi de espinhos, quem diria que em vez de dor senti a alegria de pensar que na verdade havia me tornado uma flor, uma flor e seus espinhos.


O sentido que os acontecimentos tomam é você quem determina. (y)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Quem é?

‘Eu tou morrendo de medo’.



Estava conversando com o espelho e me encarei, não reconheci os olhos muito menos a expressão... O meu reflexo não era totalmente meu, vi um pedaço de mim e outro de tudo que veio com o tempo.

Baixei as vistas, me deparei com os sinais descendo pelo pescoço e ombro - aparecem rápido e nunca mais vão embora.

Hoje a noite é nublada e não se vê o céu, mas achei algumas constelações em mim.





A pior sensação é saber que se olha um espelho e perguntar, Quem é você?.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tan dan Tan dan Tan dan Tizin tizin tizin ...



Jááááá foi-se o tempo em que a minha casa caia ... pois bem, hoje em dia o que cai é o meu pensamento.


Gosto de histórias. De contar histórias, ler, ouvir, imaginar. Dessas opções a que me deixa mais boba é contar, andar devagar com uma vassoura na mão e sacudir no ar dizendo que é uma espada, imitar vozes, ultrapassar paredes pela porta invisível - não duvidem, já fiz isso – e no fim colocar a bruxa num caldeirão de sopa. É uma das poucas formas de trazer a ilusão em que vivo pra realidade dos que andam ao meu redor, pena que não conheço alguém que perceba que aquela loucura à parte desenvolvida para as crianças é o meu lar, meu doce lar... e eu sempre volto pra ele quando a história acaba.

Surtar é sempre bom.


*a falta de ordem na minha pontuação me mata @-@...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Inesperado

Tenho a sensação de que detesto coincidências.

Estava andando por um blog que me levou a outro e outro e outro até que achei o PutaQPaliu, digamos que já comecei gostando da imagem e depois de um bom tempo por lá me assustei com um texto de 2008 falando de estrelas, borboletas e no cara ou coroa uma Helena.


Para os curiosos o link do texto e do blog.

Espero que gostem tanto quanto eu de passar por lá. =)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Deixa a luz entrar no buraco negro pra ver só! u.u'



Vejo as sombras da noite e enquanto sinto o frio do piso a mente vai dançando no ritmo da expansão.



Meu universo quando tinha seis ou sete anos, talvez menos, era apenas o Sistema Solar e ao notar a grandeza ‘daquele universo’ eu me sentia pequena.

Passaram-se mais uns anos e lá para os meus dez o universo era a Via Láctea, o Sistema Solar tinha ido para escanteio, mas continuava ali impondo respeito. Na minha fase de crescimento me sentia diminuir perante o infinito.

O mundo continuou girando e eu me desequilibrei mais uma vez, sentada na minha bolinha de pensamentos¹.

O universo onde a Via Láctea é só um rabisco e o Sol não passa de um palito de fósforo não demorou muito pra se revelar, isso não tira o gosto de olhar para o céu, o angustiante é saber que não passamos de seres medíocres arrastados pela dança do cosmo.

Quanto mais cresço menor fico.

Olho para as plantas, corro por aí, volto uns milhões de anos atrás e faço de conta que vejo uma fumaça vulcânica sendo expelida alí na esquina.


Ai, Zeus! O que fazer quando essa mente vai longe, tão longe que me deixa com medo de devolver à realidade?



¹Li um comentário antigo, bota antigo nisso, da debby '^^> e apareceu uma vontade de fazer esse texto. :)