quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sempre há o viés

Sabe aquele dia em que nada dá certo?... É, hoje não foi assim.



É sempre bom pensar sobre as decisões que tomamos, nas quais firmamos a vida levando a certeza absoluta de que aquilo era o MDC que poderíamos encontrar.

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Passo longas horas pensando. Imaginando o que deveria fazer, coisas simples como comprar uma mochila e sair pelo mundo, às vezes sobre os projetos que gostaria de desenvolver e tantos outros momentos aleatórios sobre o que realmente vivo.
Algumas perguntas me acometem...
Como será ver a Terra da Lua? Pasta de dente e água com flúor não excede o necessário pra meus dentes? Por que existem tantas músicas sobre o amor? Por que as pessoas falam tanto do outro se nem mesmo conhecem a si? Por que é tão lindo e maravilhoso aprender algo novo? Por que o céu brilha magnificamente quando estamos felizes? Quando será que conseguirei ler os livros clássicos e ver os filmes do Charlie Chaplin? Por que sei tantas coisas e ao mesmo tempo não sei nada?
Outras coisas me passam, mas já chega... o caos foi instalado em mim e por hora só resta viver meus pensamentos.

Somos o que somos.
Vivemos o que podemos.
Respiramos.Executamos.Pensamos.
Nem sempre nessa ordem...
Aprendemos com o tempo.
Desejamos sonhos.
Sonhamos um desejo.
Somos um plural.
Você somente é quando o eu na verdade se chama nós.


domingo, 27 de novembro de 2011

Um dia desses

Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Nadando contra a correnteza


Às vezes um abraço ajuda mais que três horas de conversa.



Estranhamente hoje parei para ouvir Marcelo Camelo e lembrei do motivo que me fez passar apenas um curto período escutando suas músicas...
De repente me invade uma saudade de um gira-sol que plantei, das pessoas que não vejo mais, de uma explosão contínua de alegria que cada dia fica mais difícil de manter...
Tudo passa, mas há sempre algo que fica...





domingo, 20 de novembro de 2011

Amores



Bem, como algumas pessoas sabem tenho certos problemas na minha criação de peixes, atualmente (depois de muito tempo sem isso ocorrer) tive algumas tristes perdas... Mas, para a alegria das flores, cactos e trocinhos de pelúcia que residem comigo trouxe um novo integrante para casa (vide foto abaixo).
Apresento a vocês Molibdenio com seu olhar sexy.

sábado, 19 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Quase sem querer

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Sou tão tranqüilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.


Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Rocha

(...)
Nascida na terra, marcada por vento, chuva e sol, lapidada pelo tempo e bonita como a natureza.
(...)

Rocha era assim, menina faceira e manhosa, manha de carinho, jeitinho de doce de tamarindo com coco, corria quando criança pelas ruas parecendo um passarinho. Antigamente Rocha era nossa Isabel porque é prima de Maria, filha de Seu Zeca e de Dona Luciene.
Isabel cresceu em uma casa pequena. Tinha um quarto que se dividia com a sala por uma cortina de lençol, uma cozinha e do lado de fora havia a pia de cortar carne e lavar pratos, o banheiro e o quintal que era maior que a casa.
Isabel nunca reclamou, flor de menina que era cosia e limpava na casa do barão. Vez ou outra levava maçã e biscoito de goma pra casa... Um dia mesmo, lembro que teve guaraná na casa do barão, escondido ela encheu o vaso de manteiga e levou pra casa pra que os irmãos e a mãe soubessem o que era. Não deu outra! A mulher do barão que já não gostava dela - más línguas diziam que o barão jogava charme pra cima de Isabel - tirou as cartas da manga e mandou a menina embora.
Isabel já era moça, tinha o corpo formoso que só a juventude sabe moldar, a pele morena de sol e parecia que passava o dia inteiro tomada banho pois cheirava sempre a sabão. Tornara-se lavadeira.
Dia após dia Isabel sentava na pedra à beira do rio e esfregava as roupas, lavava pra se sustentar pois em casa muita gente andava morrendo de diarréia.
O tempo passou... Isabel sumiu pela roça.
De manhã cedinho, tinha acabado de raiar, quando fui levar o boi pra beber água vi lá Isabel deitada de bruços abraçada à rocha. O sangue escorria entre as pernas junto à criança presa ao cordão.
Corri pra socorrer. Sacudi a Isabel e nada, tirei a criança, e olha lá! Estava viva, mirradinha de magra, chorava baixinho, nem lágrima tinha mais...
Lembro que o céu estava azul com as nuvens douradas pelo amanhecer e eu em pânico ouvia o barulho das águas correndo entre as pedras levando aos poucos a vida como quem solta um passarinho.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A vida é assim...



Quando digo que não na verdade era um sim.


Quem entende?!



domingo, 13 de novembro de 2011

Atirem as pedras, por favor.



Respirar é o único requisito para o mundo conspirar contra você.




domingo, 6 de novembro de 2011

Roda mundo roda gigante...

"Con le stesse parole seduti a un caffè
E vorrei solo dirti ora che te ne vai
Se è amore, amore vedrai di un amore vivrai"


Nas voltas que o mundo dá só uma coisa eu não mudei...Uma paixão antiga...
Sentimento que aflora na música, na voz,
na Legião Urbana, sempre.






terça-feira, 1 de novembro de 2011

Prisão aberta


Às vezes lembro como é difícil ficar no silêncio e na escuridão. Você abre os olhos e um manto negro está estendido à sua frente, concentra-se para escutar e o máximo que seus ouvidos captam é a própria respiração. Um pânico misturado à tranqüilidade transpassa o corpo e simplesmente não consigo decidir entre voltar ao mundo ou continuar na caverna.


Não é de agora que percebo que um dos pertinentes problemas do ser humano é a comunicação. O excesso ou a falta muitas vezes é capaz de construir - ou não, imagens errôneas. As palavras desconexas, as idéias que se perdem sem serem verbalizadas, os pensamentos que se desviam do objetivo, ajudam a fazer o trânsito da comunicação ser algumas vezes pior que os engarrafamentos enfrentados no horário de pico. Cada um tem o seu ponto de vista, suas ânsias e deficiências, mas todos querem ser compreendidos.

A fala através do corpo inconscientemente surge numa tentativa de suprir com os gestos aquilo que não foi dito pelas palavras, e com isso há a diferença na expressão gestual entre indivíduos extremos na capacidade para verbalização.

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Eu penso.

Eu penso que penso.

Eu penso que posso pensar.

Eu penso que não sei pensar.

Eu penso que quando penso não penso.

Eu penso no peso do pensamento na vida.

E enquanto peso vivo.

Algum dia chegarei à conclusão de que o ser humano não pensa apenas é.


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Meu pensamento é liberdade em cárcere privado.