segunda-feira, 21 de junho de 2010

Quem me dá um pacote de chuvinha?


Todo ano é a mesma coisa... mas de certa forma a gente gosta dessas repetições, seja pra reclamar ou pra curtir lol

Bom São João, pessoal !
*e cuidado com a lente, pra quem é da lente XD*

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Eu vejo mil cores na escuridão.

Quando a falta de sentido reina eu me sinto em casa e de pijama.
Andei relendo umas coisas que escrevi há tempos e vi o quão louco são aqueles que me entendem (supostamente), pois, metade dos pensamentos eu vejo no papel e quando procuro pela outra metade observo que se foram nos corredores da mente.


E ela louca pela rua foi questionada o porquê de deixar tudo para trás, sua vida, sua casa, seu mundo. Disse apenas, Não deixei de viver, retrucaram, Pois então vá para casa, ela suspirou e pensou, O meu mundo é poesia para quem assim quiser o ver.


É tão difícil ser jovem. Se preocupar com a aparência e com as futilidades fingindo aprender a vida nos livros, quando na verdade espera pela experiência.
Andar pelas ruas à espera de um acontecimento que o transforme em um ser inigualável, acreditar em absurdos... na juventude há vontade de abraçar o mundo.
Escolher. Escolher o quê? Quem disse que é necessário escolher?

Na volta para casa passei por um garoto sentado na cadeira, olhar compenetrado, roupa de academia e um cabelinho que eu diria engomado. Não era a primeira vez que o via naquela ‘performance’.
Cumprimentei. Com voz de mil preocupações ele me respondeu, Boa tarde.
Fiquei com vontade de olhar nos seus olhos e perguntar se o que lhe afligia eram os quilos a mais do final de semana ou a possível namorada que não havia ligado ou quem sabe são as notas em ritmo descendente.
Enquanto descia as escadas imaginei... até o momento em que a situação se desfez num balde de juventude.
Pensei então que o problema estava em ser jovem e nas idiossincrasias que isso arrebata. Viver constantemente no pelourinho e apanhar com as experiências, as idéias, as motivações.

É difícil ser jovem e não ter nada ao mesmo tempo em que se é dono do mundo.


Talvez, suas preocupações fossem sérias, mas os meus olhos só captaram alguns detalhes...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Chuvisco e visco, sem esitar.

Um corpo meio cinza, dois chifres amarelos e pés desproporcionais ao tamanho do corpo. Seus olhos esbugalhados nada viam, seu nariz não sentia mais o cheiro, só reconhecia a maresia. Dentro de si parecia não haver mais nada, apenas sua boca vermelha guardava seus dois dentes afiados.
Não sabia falar direito, andava a custo e não tinha braços.Sua vida desde que nascera havia sido sentar na sua caneca preta e navegar pelos mares. Quando fazia frio queimava o tempo, exalando uma grande fumaça que lembrava chocolate quente.
O vento decidia a direção a tomar e por muitas vezes andava em círculos pelo mundão das águas.
Seus chifres de nada serviam a não ser para assustar as pessoas.

Há muito tempo, chamaram-no de Golden, por causa de seus chifres e pés amarelos. Foi crescendo e mais assustador parecia ficar. Quando aprendeu a andar foi deixado em uma cabana perto do mar.
Um dia uma caneca grande e preta apareceu entre as ondas, estava vazia.
O rosto triste das pessoas na sua presença fez com que desejasse nada mais ser... Por isso decidiu ir embora e aos poucos foi se esquecendo do mundo, vivendo de céu, mar e solidão.


Enquanto a caneca se embolava na areia, ouviu o riso de algumas pessoas, o choro de uma criança e pelos sons deveria ter uma festa ali perto. A caneca virava com as ondas e ele se segurava com os dentes. Sentia um grande frio por dentro ao ouvir aquela alegria.
Sua caneca ficou presa entre as pedras e durante toda a noite sentiu frio e medo.
Dos seus olhos vazios e sem vida saíram lagrimas, e pela primeira vez quis ter braços. Queria sentir como seria um abraço, ainda que fosse um abraço dele e ele mesmo. Do seu corpo vazio veio a tristeza.
O vento, cruel, empurrou a caneca para longe das pedras. O som das pessoas foi ficando longe e cada vez mais ele voltava a sua solidão.
Na imensidão das águas não sabia se sentia cheiro de sal de lágrima ou sal de mar.

domingo, 6 de junho de 2010

Um pirulito para cada coisa louca que você pensar depois de ler ...

Já tive tantas idéias... devo ter inventado uma montanha de histórias, mas só me lembro de uma por enquanto. E... não sei, fiquei com vontade de contar.

Andando pela rua larga e deserta, o menino sentiu o ventinho gostoso alisando seu rosto. Na direção do mar, ao longe, se via uma nuvem de pássaros gritando e voando, por trás uma matilha de vira-latas se engalfinhava e corria.
Era o dia da escolha.
Os cachorros de repente correram em sua direção puxando suas pernas, os pássaros deram vôos rasantes e seguraram seus braços.

O menino no meio não sabia o que fazer... se deixasse arrancar as pernas seria livre para voar, mas se levassem seus braços poderia continuar andando. Uma disputa louca e disparatada havia iniciado, mas ele poderia dar um fim escolhendo entre céu e terra.
Depois de muito se esticar decidiu.
Os cachorros levaram suas pernas e seus braços se transformaram em asas. Voou alegre sobre o mar por muito tempo, até que ficou com fome. Observou os outros pássaros e resolveu comer como eles. Pegou altitude e desceu velozmente de encontro ao mar, capturaria um peixe para matar a fome. Entretanto, o impulso havia sido tanto que quando mergulhou não teve forças para subir. Molhou as penas, se afogou e morreu.
Os pássaros ficaram tristes e acharam que havia sido um erro ele ter escolhido ganhar asas. Talvez tenha sido um erro mesmo, já que ele não aprendeu a sobreviver com elas.
Ganhara asas, mas não havia deixado de ser menino.

Mais um

Sobre a loucura de ser humano.

Quando eu era menina e sentava nos degraus da escada, me debruçava nas grades que me separavam da rua. Passava horas naquela posição – isso quando não tinha ninguém pra brincar – e observava o movimento das pessoas.
Tinha um menino, mais velho que eu, meio cego, meio magrela, meio descalço. Lembro dele lá no portão ou passando pela ladeira.
Um dia ele veio subindo, meio sujo, meio cansado, meio sozinho. Pra mim ele parecia um menino bom.
Por onde teria andado? Por onde será que ele anda?

Várias vezes eu sentei naqueles degraus e pedi sabedoria... Hoje eu não sei mais dizer o que sabedoria significava para mim naquela época, mas, agora, sentada em outros degraus, eu continuo pedindo.
Se eu recebesse toda a sabedoria que peço em caixas, ao longo de tantos anos, já teria abarrotado os cômodos da casa e com sabedoria pediria um pouco de ignorância.
Só na escuridão se é capaz de ver a luz, isto é, em um dia claro de sol um poste aceso não muda nada, só notamos sua presença no breu da madrugada.




Obs.: O Loucura Contagiosa completou dois anos no mês passado. Não cheguei a comentar, até porque esqueci... Entretanto, marcianos mandaram uma mensagem subliminar.

Minha felicidade começa no sorriso e se estende nas palavras.



A todos que me aturam e gostam do loucura, obrigada!
B'jos e Q'jos ;)

terça-feira, 1 de junho de 2010

No dia você sentirá...


Estou arrumando as malas, mas talvez eu não leve nada.

Vou precisar correr bem rápido que é pra ouvir o vento melhor, somente ele sabe a direção que devo tomar.


O meu eu que só aparece de vez em nunca está chegando.