sexta-feira, 27 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Hoje eu quero sair só'
Apertou com força o corpo fino e esguio, colocou entre os lábios e mordeu sua extremidade com tanta vontade que deixou a marca dos dentes, esfregou entre suas mãos para esquentar, e enquanto observava a folha branca de papel tentava fazer com que a caneta funcionasse.
Rodapé...
Não, o texto não ia começar assim, a idéia também não era sobre caneta falhando, nem sobre a GVT que deixou a rede cair por algumas horas ontem e mostrou como isso afeta o meu vício virtual. Não era pra falar também sobre a necessidade que aflora nas pessoas em ouvir algo que preencha a angustia ou a solidão. Já não sei mais até o que era mesmo pra falar, não era sobre os alimentos frios’ mal refrigerados nos mercados, nem sobre as promoções de produtos com validade para aquele dia... Acho que eu estava pensando algo sobre velhos amigos, pessoas que desaparecem na nossa vida e uma palestra que assisti no inicio do ano, mas é depressivo demais.
É, cansei. Esqueci.
-----------
"O destino une e separa as pessoas, mas nenhuma força é tão grande para fazer esquecer aqueles que por algum motivo um dia nos fizeram felizes." (Recebi por e-mail :)
domingo, 22 de maio de 2011
Lá vai a vida a rodar'
sábado, 21 de maio de 2011
Li por aí...
Moral é hoje, na Europa, moral de animal de rebanho.
A humanidade não representa uma evolução até algo melhor, ou mais forte, ou mais elevado, como hoje se crê. O 'progresso' é meramente uma ideia moderna, quer dizer, uma ideia falsa.
Todos os instintos que não se descarregam para fora se voltam para dentro - é isso que eu denomino interiorização do homem.
O verdadeiro mundo, nós o expulsamos: Que mundo resta? O aparente, talvez?... Mas não! Com o verdadeiro mundo expulsamos também o aparente!
Vivo de meu próprio crédito, e quem sabe é um mero preconceito dizer que vivo?
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.
As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.
Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.
Logo que comunicamos os nossos conhecimentos, deixamos de gostar deles suficientemente.
Não posso acreditar num deus que quer ser louvado o tempo todo.
Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Derretendo gelo com água
Nossa vida é tão breve... Como será descobrir no último instante que deveria ter-se vivido mais?Respirar fundo, talvez o último suspiro, e pensar que deveria... querer voltar do início estando no final...
Lá pelos altos da sua idade enquadrada em adulto jovem se sentiu uma criança ao pensar saber algo de que na verdade não fazia nem idéia.
Adulto jovem. Pode?!
Ai daquele que pensa conhecer o mundo, este que achamos tão pequeno e ao mesmo tempo nos revela coisas que por vezes não conseguimos nem imaginar.
Como sofrem os que temem as experiências que passamos à prova, aqueles que esquecem de que somos feitos de pó e vivem em uma dimensão onde ser humano é ser dinheiro.
Talvez a vida seja assim. Evoluí-se exponencialmente durante as primeiras décadas, depois há uma estagnada e nessa hora precisa-se de um ponta pé para continuar a prosseguir na evolução.
Somos moldados pela vida. Algumas vezes inconscientemente a lâmina lapida e a água dá forma, forma sem fôrma, a fôrma nós escolhemos.
A maior invenção conhecida não foi a roda ou o fogo, e sim as palavras. Você usa duas e tem o poder de mudar o mundo. Amar e respeitar.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Vamos ver no que vai dar...
The Problems of the World
John F. Kennedy
The problems of the world cannot possibly be solved by skeptics or cynics whose horizons are limited by the obvious realities. We need men who can dream of things that never were.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Se quiser falar de amor...
(Ia ter um texto aqui, mas acabei esquecendo no forno.)
sábado, 14 de maio de 2011
Pois é
Voltava para casa entre os carros com a roupa molhada pela chuva e um pensamento constante a tamborilar na cabeça. Dúvidas, problemas... e quem diria que aquela lembrança iria despontar.
Como a nossa memória é engraçada, às vezes não consigo nem lembrar o que almocei no dia anterior, mas no meio da chuva recordei um fato que aconteceu há pelo menos dois anos.
Estava assistindo as pessoas na rua em plena lavagem do Bonfim quando uma professora do meu primário veio falar comigo. Ela havia me reconhecido, mas não havia em mim a lembrança de ter estudado com ela. Naquele momento o máximo que consegui foi ficar sem graça e lembrar de vários outros professores que passaram pela minha vida, mas não a reconhecia de jeito e maneira.
Hoje, de repente, sem que eu saiba o porquê ou o que foi o estímulo para que eu pensasse nisso, lembrei dela sentada na cadeira avaliando um trabalho que apresentei desenhado em folha de cartolina branca e com babadinho de crepom ao redor.
Tanto tempo se passou... mas finalmente lembrei quem era ela.
domingo, 8 de maio de 2011
Toda forma de amor é válida
O que seria do ovo se não fosse a galinha?
Antes imaginava que não precisávamos de datas comemorativas e que isso se resumia apenas a um simples motivo para alta de vendas no mercado, mas hoje penso que elas têm lá sua relevância por nos tirar da rotina e tantas vezes reunir aqueles que um dia foram um.
Existem alguns projetos para democratização do acesso às peças teatrais, orquestras, museus e tantas coisas que acontecem, de forma que o mesmo evento (ou similar) é apresentado em um horário diferente e com um valor simbólico. Seria uma tentativa de conquistar um público que existe e não sabe da sua própria existência, mas não sei se é porque eu não vejo que sempre me vem à mente que o problema que persiste é a falta de divulgação, a comunicação deficiente que há entre nós e o que acontece por aí.
Felizmente, hoje havia várias pessoas no meio da praça a espera da apresentação da orquestra que, belissimamente, fez aquilo que sabe fazer de melhor, tocar corações.
Tive o prazer de ouvir durante a noite encostada num canto da praça enquanto olhava os galhos das árvores a dançar.
Olha lá sinhá! Por causa de uma palavra o boiadeiro perdeu uma boiada.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
De dentro do espelho...
A rua onde a casa está, quando chega à noite, fica tão silenciosa que até a voz dela que quase já não se escuta pode ser distinguida e entendida.
Levantou, andou pela casa, mexeu nas gavetas e cuspiu no chão. Céus! Não é pra cuspir no chão, mas não adianta falar, em dez minutos a cena se repete sem que se note a interrupção do comentário.
A casa por todos os lados tem espelhos... Ela não quer mais passar pelos espelhos, diz que há uma pessoa ali olhando na sua direção. Tentei mostrar que era ela mesma e na hora em que olhou tomou um susto dizendo, Agora são duas pessoas, pois é... Não podia dizer que estava errada, como então explicar que ali éramos nós se em dias comuns eu também converso com o espelho como se fosse qualquer outra pessoa a me olhar?
Tirei o espelho da parede e agora ele descansa em cima do guarda-roupa.
--------------
Randômico
Escrever é como libertar esse outro eu que existe em nós, assim como dançar sem ter de se preocupar com os comentários, talvez como gritar sem abafar com o travesseiro.
Escrever é uma expressão sublime das sensações da alma. Perde-se o controle das palavras proferidas pelos dedos enquanto teclam; perde-se a guia dos pensamentos, teimosos como uma criança... Enfim, nos perdemos dentro de nós mesmos.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Registro
terça-feira, 3 de maio de 2011
Um pensamento sobre a vida dos outros...
Eu sou a minha melhor companhia em qualquer situação e até hoje não conheci uma pessoa que pudesse substituir a minha presença.
(...)
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Vem comigo...
-
Durante uma semana instituições museológicas de todo o País promovem eventos em torno de um mesmo tema.
-
Era um dia chuvoso, chuva chuvisco, sabe? Apesar disso não perdeu a vontade de ir e em poucos instantes já estava abrigado na entrada do casarão. A porta estava aberta, assinou o livro e entrou. Quando empurrou a porta ela não rangeu, haviam passado óleo no dia anterior. O chão de taco e as paredes decoradas com cortinas davam a sensação de que o tempo havia parado. Enquanto visitava o lugar encontrou uma grande cama, o criado mudo, um vaso chinês, quadros, um espelho decorado a moda barroca e a foto da família que um dia esteve ali... Deitados naquele quarto, com as crianças correndo pela casa.
Por todo lugar viu as novidades que aos poucos viraram relíquias e lembranças de um tempo que passou.
O museu é a casa das descobertas que ficaram para trás e impulsionaram o que vivemos hoje.