sábado, 22 de maio de 2010

Achado não é roubado

Fotos legais que alguém, que eu não sei quem é, algum dia tirou em um lugar que eu também não conheço.





quarta-feira, 12 de maio de 2010

1ª pessoa do singular.

Tem dias que não poderia ser mais bonito ver aquelas luzes piscando loucamente por todos os lados e ouvir aquele barulho insuportável, mas só que na maioria das vezes é meu maior castigo.

Tenho uma vida que é minha, ou supostamente minha, tenho sensações que eu também acho que me pertencem, mas eu posso te dizer que são as mais loucas. Não sei como é que as outras pessoas vêem e cheiram e ouvem e pensam e se expressam, mas em mim, às vezes, parece uma lente de aumento, de repente eu sinto tudo mais perto, tudo mais em mim.

Eu saio de mim e vejo que estou onde estou fazendo qualquer coisa que eu esteja fazendo.

O real seria assim? Como será a realidade pra você?

Não consigo me enxergar sentada escrevendo e ouvindo o que estou ouvindo (...) me sinto um reflexo (...) como se eu, na verdade, estivesse em algum lugar do mundo fazendo qualquer outra coisa e tivesse deixado um pedaço em casa pra digitar as emoções.

Mas eu quero ser o pedaço que vai pelo mundo! !

Eu quero enlouquecer na realidade dos meus pensamentos e ao mesmo tempo sair da minha cabeça. Assim fica difícil.

Convenhamos, ando rindo das minhas loucuras, é cada coisa sem sentido que passa. Será que você realmente entende o que eu digo? Quem sabe... quem saberá?

Talvez eu seja eu mesma. E isso já basta... ou deveria bastar.

É hoje, nêga!

Se eu pudesse extravasar tudo com um grito eu gritaria, mas gritaria até não ter mais voz.

Se eu desse um murro na parede e com isso extravasasse eu quebraria com o punho todo pedaço de bloco que aparecesse na minha frente.

Faria qualquer coisa! Quebraria pratos, lascaria a roupa, me jogaria contra o chão... Algo que extravasasse essa energia que fica remoendo dentro de mim.

Uma sensação abafada, como uma panela quente.

Hoje eu lascaria os livros, arranharia os CDs e jogaria a televisão pela janela.

Hoje eu preciso extravasar. Vou lascar lavar as roupas e arrancar pentear os cabelos, quebrar varrer a casa... Talvez uma faxina caia bem.

(...)

Sabe, acho que já extravasei só em escrever, deixa a faxina pra outra hora.


Mas qualquer coisa me segura que eu ainda estou morrendo pra quebrar aquele prato na parede.