Vejo as sombras da noite e enquanto sinto o frio do piso a mente vai dançando no ritmo da expansão.
Meu universo quando tinha seis ou sete anos, talvez menos, era apenas o Sistema Solar e ao notar a grandeza ‘daquele universo’ eu me sentia pequena.
Passaram-se mais uns anos e lá para os meus dez o universo era a Via Láctea, o Sistema Solar tinha ido para escanteio, mas continuava ali impondo respeito. Na minha fase de crescimento me sentia diminuir perante o infinito.
O mundo continuou girando e eu me desequilibrei mais uma vez, sentada na minha bolinha de pensamentos¹.
O universo onde a Via Láctea é só um rabisco e o Sol não passa de um palito de fósforo não demorou muito pra se revelar, isso não tira o gosto de olhar para o céu, o angustiante é saber que não passamos de seres medíocres arrastados pela dança do cosmo.
Quanto mais cresço menor fico.
Olho para as plantas, corro por aí, volto uns milhões de anos atrás e faço de conta que vejo uma fumaça vulcânica sendo expelida alí na esquina.
Ai, Zeus! O que fazer quando essa mente vai longe, tão longe que me deixa com medo de devolver à realidade?
¹Li um comentário antigo, bota antigo nisso, da debby '^^> e apareceu uma vontade de fazer esse texto. :)
3 comentários:
Gente do céu, este desenho foi feito por você há tempos ou tu pegou em algum lugar? Se for, nossa! Eu me arrependo de não guardar o que desenho :( Beijos :*
^-^!
Lindo texto!
Me cheirou aquela simples alegria incondicional da infância. Delícias!
Voe sempre pra Terra do Nunca. Lugar igual não há.
*E não acredito em coincidências, só no inevitável.(;
gostei muito do blog!beijos
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