domingo, 26 de fevereiro de 2012

Eu não vou aguentar...

Tão certo quanto o amanhecer, quanto o vento do outono ou o calor do verão.

As idéias enquanto se mantém na utopia são tão simples, tão fáceis de conviver. Mas de repente elas criam dentes afiados e rasgam com força a película que separa o ideal da realidade, que sangra e sofre pela ruptura, como se arrancassem de seus sonhos a possibilidade de ser utópica.

Mas como pode a realidade ser como utopia? Como pode ela querer ser utopia?

De tão antagonista a minha cabeça gira procurando entender.

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Às vezes acho que me esforço tanto para ser como sempre desejei que esqueço a dor, a tristeza e o vazio só para seguir em frente e ver no que dará. Se dará odara, odara.

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E pela estrada iluminada apenas pelos faróis do carro velho que passa pelas curvas a mais de oitenta por hora, balançando e batendo nas pedras do caminho, comendo poeira, largando poeira, me agarro ao banco esperando passar pelo portal mais próximo para o universo paralelo. Olho pela janela sem vidro e vejo as estrelas sambando no céu e rindo da minha cara de medo e surpresa por escutá-las sussurrando “lá vai ela... louca por tanto sonhar.”


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Eu não quero aguentar.


Do fundo do meu coração (link)




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