sábado, 14 de maio de 2011

Pois é

Seis, dez, quatorze, dezoito, vinte e duas, duas da madrugada.


Voltava para casa entre os carros com a roupa molhada pela chuva e um pensamento constante a tamborilar na cabeça. Dúvidas, problemas... e quem diria que aquela lembrança iria despontar.

Como a nossa memória é engraçada, às vezes não consigo nem lembrar o que almocei no dia anterior, mas no meio da chuva recordei um fato que aconteceu há pelo menos dois anos.
Estava assistindo as pessoas na rua em plena lavagem do Bonfim quando uma professora do meu primário veio falar comigo. Ela havia me reconhecido, mas não havia em mim a lembrança de ter estudado com ela. Naquele momento o máximo que consegui foi ficar sem graça e lembrar de vários outros professores que passaram pela minha vida, mas não a reconhecia de jeito e maneira.
Hoje, de repente, sem que eu saiba o porquê ou o que foi o estímulo para que eu pensasse nisso, lembrei dela sentada na cadeira avaliando um trabalho que apresentei desenhado em folha de cartolina branca e com babadinho de crepom ao redor.

Tanto tempo se passou... mas finalmente lembrei quem era ela.

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