Continuação do post de 8/12/2008 :]
Quando se quer esquecer fica mais fácil lembrar...
Se arrastando entre as pedras pela margem do rio a lesma se encolhia ao pressentir os passos, levantava vez ou outra sua antena para se defender talvez, um gato passou por ela e por pouco não a esmagou, após o perigo se afastar se desenrolou aproximando-se mais das folhas que beiravam o rio, ficou ali sossegada, admirando, quem sabe, a menina que já ia longe junto com o gato.
De todos os lugares da mata se ouvia um som gostoso, como o farfalhar da grama misturado ao bater de asas dos pássaros, o som dos pés por cima das folhas secas entravam no ritmo da música que pairava no ar.
Andava simplesmente por não ter nada a fazer naquele lugar sem pé nem cabeça no qual tinha ido parar. O gato agora fazia companhia, não saberia dizer o motivo, mas sua presença fortalecia minhas lembranças ao contrário do som que me entorpecia e fazia o rio exalar um cheiro de maresia.
Parei em frente a uma queda d’água. Suspenso em pleno ar havia um muro cheio de limo, uma visão estranha, como se ali o tempo tivesse parado no exato momento em que o muro caia – cair de onde? Acima eu só via o céu, aquele mesmo céu.
Fácil pensar que as flores são bonitas ao desabrochar e que ganham exuberância quando estão em sua plenitude, raro é ver como são belas enquanto murcham.
Um comentário:
que bom que há sempre continuação :)
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