sábado, 24 de maio de 2008

Dragões de algodão

Quero escrever sobre algo que ainda não sei o que é.



Ainda não se formou em minha mente a imagem daquilo que quero, talvez seja por que não há nada nela agora, está vazia, como um pote tampado.



Costume comum o meu de observar o céu pela manhã e a tarde.



Pela manhã nos primeiros horários, para ver os primogênitos raios de sol e pela tarde no momento onde só resta um pequeno pedaço da grande bola de fogo.



Não sei por que motivo, mas enquanto andava na rua olhei para o céu e já era poente, vi então como se as nuvens estivessem em chamas e todo o céu ardesse com o fogo do sol, algumas nuvens, porém, mais afastadas mantinham uma cor rósea e eram mais finas lembravam então dragões, dragões voavam pelo céu enquanto este ardia em chamas. Quando mais próximo se situavam os dragões das chamas eles também ardiam no fogo e se misturavam a ele. Alguns se chocavam entre si e se fundiam, trocavam de cor e tudo aquilo parecia uma dança, talvez a dança do poente, presságio do que estaria por vir, então assisti o sol sumir aos poucos e os dragões se atropelavam para alcançá-lo. Pensei comigo ‘aquilo deve ser uma imagem do inferno’ como quando vemos o reflexo do espelho, era muito cruel pra ser o reflexo do céu. Mas com o passar do tempo à luz ia se extinguindo e uma nova cor surgia, o céu ficava mais escuro e os dragões se recompunham novamente, talvez sejam fênix ou apenas pedaços de algodão com gliter a cintilar em seus contornos.

2 comentários:

Anônimo disse...

*__*~

Anônimo disse...

e Helena outra vez se desequilibra sentada no pequeno globo a rodar pelo vazio =)

são esses os melhores momentos! :D