domingo, 8 de junho de 2008


Ping ping pingt plict ping ping ping plict pingt.

E da janela eu via a chuva aos poucos cair lá fora aumentando cada vez mais a freqüência de pingos que deslizavam no ar e se batiam nas folhas antes de alcançar o chão.
Uma criatura, tão pequena quanto as gotas da chuva, flutuava lá fora. Me estiquei na janela para ver melhor, mas ela subia e descia por entre as folhas que balançavam com o vento trocando de direção.
Num dado instante, porém, o vento foi mais forte e ela se desprendeu das folhas voando entre as gotas. Plict ping plict ping, e a menina do tamanho de uma unha envolta em um tecido verde cana que mais parecia musgo, saltava agora nas gotas de chuva enquanto era levada pelo vento.
Quando já se encontra a uns três metros do solo, o vento se tornou mais suave e ela começou a descer como uma folha de papel enquanto tentava se desviar das gotas, uma, porém veio certeira em sua direção e caiu direto na cabeça, após essa vieram mais outras e a criaturinha sem ar morria afogada enquanto flutuava em direção ao chão alagado pela chuva.
Me estirei na janela para tentar aparar-lhe a queda, não adiantou, passou entre meus dedos e se espatifou no chão desacordada afundando na água empoçada.


Fui molhada pela chuva assassina.


É nisso que dá ver seres que não existem.

3 comentários:

Anônimo disse...

=)

mais pior é olhar os q já existem ._.

Anônimo disse...

eu jah disse q adorei o texto!? =D

*qndo eu comento em algum post super antigo vc sabe, neh!?

q chato =_=

Anônimo disse...

*eu ia esperar ateh dia 8, mas fiquei com "preguiça"