domingo, 4 de abril de 2010

Allegro.

Na saída do cinema arrumou a camisa e lavou o rosto no banheiro. Entrou na livraria e folheou um livro sobre signos chinês. Se encostou na estante.
Sentiu o vibrar do chão, das pisadas que as pessoas davam ao seu lado, uma gargalhada ressoou como se estivessem aumentando o volume dos acontecimentos.
O chão tremia em um mini terremoto pessoal, no seu mundo tudo iria desabar se alguém desse mais um passo.
As pessoas pareciam mais próximas e as vozes mais altas, e aumentando cada vez mais.
Desencostei da estante e deixei o livro lá. Covarde como uma cabra, a cabra de metal.

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