quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Vulnerável

Se eu deitar não sinto o apoio da cama, de pé não sinto o chão, ando como se em nuvens que se desfazem a cada passo. 

Vazio por dentro enquanto o coração bate acelerado. 

Na cabeça gira um só pensamento que tira a minha paz e presença.

O corpo todo sente a falta, como se em abstinência de uma droga potente ou adoecido na ausência de algo vital. 

Respiro fundo e sinto toda a minha vulnerabilidade, a vontade de chorar, mas nenhuma lágrima cai dos meus olhos secos.

O sorriso apagado pela saudade. 

A falta de sono de quem quer acordar desse sentir-se frágil e impotente. 

Vestida me sinto nua.

Nua me sinto sua. 

Vulnerável, meu espírito busca se encontrar mais uma vez.

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