Se eu deitar não sinto o apoio da cama, de pé não sinto o chão, ando como se em nuvens que se desfazem a cada passo.
Vazio por dentro enquanto o coração bate acelerado.
Na cabeça gira um só pensamento que tira a minha paz e presença.
O corpo todo sente a falta, como se em abstinência de uma droga potente ou adoecido na ausência de algo vital.
Respiro fundo e sinto toda a minha vulnerabilidade, a vontade de chorar, mas nenhuma lágrima cai dos meus olhos secos.
O sorriso apagado pela saudade.
A falta de sono de quem quer acordar desse sentir-se frágil e impotente.
Vestida me sinto nua.
Nua me sinto sua.
Vulnerável, meu espírito busca se encontrar mais uma vez.
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