domingo, 8 de maio de 2016

Flores e afins


Desde ontem o meu coração chora silencioso, a garganta trava com o soluço que não sai e os olhos ardem com as lágrimas que não chegam.

Engraçado como eu sempre chego a esse ponto de amar demais, de amar todo mundo, e de não me sentir amada. Desde anos eu sofro desse mal e é sempre assim, até chegar o dia que alguma palavra é dita ou não, e pelo excesso de palavras que me deixam no vazio ou pelo excesso de vazio que vem da ausência de palavras eu faço a escolha mais difícil e deixo esse tal de amor bandido ir embora pra cuidar de quem mais precisa do meu amor e bem querer, eu mesma. Se machuca? Sim, sempre, mas hoje aconteceu algo que eu não esperava e que me ensinou alguma coisa importante...



Fui na feira comprar umas folhas e flores. Passei pela barraca do freguês, mas hoje eu quis comprar na que fica do lado oposto, vi umas rosas mais abertas e achei que seria melhor comprar lá. O vendedor que já me conhece fez cada rosa por dois reais e cinquenta o que é um preço bem barato em dia de feriado, e me disse pra escolher as que eu queria. Escolhi uma branca, uma rosa clarinho, e outra vermelha, a rosa vermelha tinha espinhos e o espinho furou minha mão de leve, mas dei um Ai de dor e surpresa. Ele que estava ao meu lado me mostrou a sua mão inchada e toda machucada, disse que furava a mão toda hora, e eu perguntei se a mão já não estava "calejada", expressão típica para quando já nos acostumamos com uma situação e paramos de sentir a dor que ela nos provoca. Ele me respondeu que não, que toda vez doia da mesma forma, tirava até pele, o que acontece é que acostuma mesmo quando doi, você sente a dor.
Saí dalí sem saber se eu tinha entedido direito. Meio difícil isso de entender.

Fui em outra barraca porque ainda me faltava comprar umas coisas. O rapaz que me atendeu depois de começar a embalar o que comprei me perguntou se eu era paixonada, você é apaixonada menina?, pensei bem brevemente e respondi com vontade, sou apaixonada sim, e ele me disse, pois seja apaixonada pela vida, porque o resto não vale muito a pena.

Cheguei em casa, lembrei que havia esquecido algo com o feirante, nem sei se ele cobrou, mas volto lá depois pra buscar. Fui arrumar as flores no jarro, umas margaridas pequeninas e uma galha de folhas que o freguês colocou pra mim. Depois de colocar o jarro na mesa, vi que uma folha caiu em minha cama, pequenininha e verde brilhante em formato de coração. Não tem outra, tanto amor que seria injusto eu ficar triste por uma dor que passa.
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Fatos reais de uma vida de ilusões.




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Tem gente que não acredita em Deus, eu não tenho condições de não acreditar. Ele vive a cuidar de mim, a me alegrar quando estou triste e a me explicar sobre a vida mesmo quando estou sofrendo pela centésima vigésima terceira desilusão. Ele aparece em diversas formas e me ajuda sem medo de me fazer perceber que é a sua força agindo em minha vida.

A dor que sinto vai passar, mas a lembrança de Deus em minha vida ficará comigo para sempre...  

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