Antes de completar quinze minutos parada reparei no desconhecido à minha frente... engraçado como fixei seu rosto na memória. Perguntei alguma coisa e nada mais, só que depois desse dia sempre o encontro nas ruas, na fila, na manifestação, no show underground, na lanchonete, à noite, pela manhã ou madrugada.
Não nos apresentamos, mas passamos a nos cumprimentar com um aceno, como que para registrar a presença.
Não sei seu nome e provavelmente ele também não sabe o meu, pois ouvi outro dia ele comentar como "A Desconhecida"... Não tenho interesse em saber mais do que eu já sei sobre O Desconhecido, acho curioso essa relação de reconhecimento facial.
É dito e certo, há desconhecidos que nós encontramos com mais frequência do que nossos próprios amigos.
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Obs.: Já conheci outros Desconhecidos, mas como se fizesse parte do ritual, após saber o nome eu já não posso mais garantir que irei encontrar aquele rosto novamente. Talvez seja esse o mistério...
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