quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sem vergonha de ser feliz.


A vida é um moinho...

Vivemos para ganhar a vida sem percebermos que muitas vezes perdemos de viver.

Estava lembrando fragmentos antigos de pensamentos meus... desejos passados, análises profundas sobre coisas que hoje não fazem a menor diferença, medos que me atormentaram mas que desapareceram assim como chegaram, sem rastros.
Não sei o que habita as crianças, qual o mistério de ser criança? Manter o espírito de curiosidade e surpresa, sorrir porque é bom estar na companhia daqueles que desejamos bem e gostamos... Pensar no mundo como uma caixa de surpresas... Ver o mar e se maravilhar com a sua grandeza.
Onde mora o mistério de ser criança? Levar no coração a inquietação do que ainda há por vir.
Aonde deixei o meu amor pelos animais? A curiosidade pelas plantas?
De onde viemos e para onde vamos... já deixei de me fazer tantas perguntas que durante anos nortearam minha vida. Hoje não pergunto mais para onde vamos e sim para onde vou, que vazio pensar no singular, que vazio desistir sem perceber de ser plural.
Continuo o poço de emoções e imaginação, mas cada dia ele deixa um pouco do seu brilho esvair-se...
Durante o engarrafamento descobri que mudei, mas não sei dizer se mudei para melhor... talvez tenha alguma relação com o fato de eu ter deixado de olhar para as estrelas.

O que me salva é a consciência da transformação, é ela que me avisa quando chega a hora de rejuvenescer o espírito. 

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