domingo, 13 de maio de 2012

The white album


Eu deveria estar estudando ou arrumando meus horários para ir ao oftalmologista ainda essa semana, mas estava assistindo a “I am Sam” e refletindo sobre minha vida.

Até onde podemos ir por amor?
Bem, essa pergunta não vem ao caso, estava pensando no motivo de eu gostar tanto de filmes com estilo drama. Às vezes acabo com o rosto inchado de tanto chorar ou pensativa ao extremo... mas não deixo de gostar do estilo, muito pelo contrário.
Para mim um bom drama precisa ir além dos outros estilos; fazer rir não é simples, empolgar com uma louca corrida por um objetivo também não é, mas para mim fazer lágrimas brotarem vai além. É necessário ter feito rir e empolgar mesmo com o objetivo mais singelo, é preciso carisma e emoção medidos com precisão. Se faz de grande ajuda uma boa trilha sonora e fotografia, daquelas que tocam sem nem mesmo percebermos e que nos invadem sinuosamente, apenas nos damos conta, se é que nos damos conta da presença quase invisível da música quando ela nos é de certa forma conhecida, porque se não a música e a cena se entrelaçam e não mais se separam, fazendo todo sentido estarem juntas.
Um bom drama não precisa arrancar baldes de lágrimas, mas nos passa emoção como se parte de nós houvesse partido junto com a história e compartilhasse uma cumplicidade com os personagens.


Um último comentário.
Me vejo temerosa das coisas que desejo ou mesmo do que desejei quando criança. Temo conhecer mais do futuro do que deveria, ou quem sabe, moldar o futuro exatamente da forma como imaginei que seria.
“Deitada na cama, aos seis ou sete anos, imaginei uma sala... a disposição das cadeiras no ambiente, o quadro, tenho uma vaga lembrança do que acontecia na minha imaginação. Aos vinte anos sinto ter vivido a cena. Quando era criança sentava na escada durante a noite e imaginava falar outras línguas, conversava longas horas no tal idioma que eu inventara. De certa forma fugi dessa ‘loucura’, mas me encontrei novamente com ela de uma forma diferente, dando forma a loucura vivida. Aos vinte e um sinto me tornar aquilo que imaginei. Mas agora me pergunto, o que foi que imaginei mesmo?”
Tenho receio de seguir passos traçados inconscientemente por mim.
Que Deus nos proteja!




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