terça-feira, 10 de abril de 2012

Hoje não vou falar nada.

Primeiro, achei uma bosta terem mudado o layout do blogger mesmo para quem não aceitou a atualização. Uma grande bosta isso.

Segundo, estou vendendo cortisol, produzido por mim e embalado em potes de vidro, caso alguém esteja interessado é só falar.

Terceiro, eu não sou nem metade dessa muralha de força e garra. Sou a angústia, o medo e a tristeza, disfarçada de coragem.


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Hoje eu queria falar sobre a vida que venho levando, o peso da responsabilidade que muitas vezes parece toneladas nas minhas costas, sobre as noites mal dormidas e a falta que me faz o sol se pondo, o mar de tardinha naquele balanço de ondas, o cinema no domingo e o teatro nos dias de orquestra. Queria falar de como é fácil me perder em pensamentos com a noite estrelada vibrando sobre mim.

Mas eu não vou falar nada.
O corpo reclama, os olhos já cansados insistem em lacrimejar numa mistura de sono e choro abafado. E eu me vejo sozinha, sentada no chão desejando que amanhã seja melhor, e nada mais.




"Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, 
sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos." (Salmo 126)

Um comentário:

Kadu do Rpg disse...

Você não está sozinha.

Apesar de saber que "nenhum homem é uma ilha", se você o fosse, por ti tentaria ser cada gota d'água da terra: oceano para te abraçar a cada segundo, chuva para lavar todo seu tormento e rio para poder trazer mais e mais de você para dentro de mim.

Lembre disso.