sexta-feira, 20 de abril de 2012

Lá vai a vida a rodar...


Quando sou invadida por inúmeros questionamentos e profusões de pensamentos só a concentração de tentar escrever acalma. Pena que não consigo materializar nem em letras ou voz aquilo que habita o meu mundo de ideias.

Será que perdi o que tanta almejei resguardar em mim? A ânsia do ser questionador... sufoquei-a talvez me abastecendo com inúmeras respostas ou com o vazio e guardei-a como um baú antigo dentro de mim. Ao mesmo tempo nutri o desejo pelas pessoas, prazeres e palavras que me distanciavam do que eu já havia escondido.
Foi por isso que fui embora da outra vez? Um sarcasmo na minha mente narra o quanto busco nos outros o que escondi em mim.
Quem diria... não achei saciedade suficiente nos prazeres, não achei perguntas, apenas certezas e as certezas me incomodam. Incomodam assim como as certezas que construí, assim como o que fiz com meu espírito questionador.
Ardo em febre e penso ainda mais. Penso nas respostas... mas que respostas se as perguntas são tão brutas e falhas?
Enquanto isso vou narrando meus pensamentos e atos na terceira pessoa do singular como se eu na verdade estivesse em outro lugar narrando a minha angústia, que na verdade não passa de um ardor da juventude.
Que esse ardor não morra. Amém!



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