Quando sou invadida
por inúmeros questionamentos e profusões de pensamentos só a concentração de
tentar escrever acalma. Pena que não consigo materializar nem em letras ou voz
aquilo que habita o meu mundo de ideias.
Será que perdi o que
tanta almejei resguardar em mim? A ânsia do ser questionador... sufoquei-a
talvez me abastecendo com inúmeras respostas ou com o vazio e guardei-a como um
baú antigo dentro de mim. Ao mesmo tempo nutri o desejo pelas pessoas, prazeres
e palavras que me distanciavam do que eu já havia escondido.
Foi por isso que fui
embora da outra vez? Um sarcasmo na minha mente narra o quanto busco nos outros
o que escondi em mim.
Quem diria... não achei
saciedade suficiente nos prazeres, não achei perguntas, apenas certezas e as
certezas me incomodam. Incomodam assim como as certezas que construí, assim
como o que fiz com meu espírito questionador.
Ardo em febre e penso
ainda mais. Penso nas respostas... mas que respostas se as perguntas são tão
brutas e falhas?
Enquanto isso vou
narrando meus pensamentos e atos na terceira pessoa do singular como se eu na
verdade estivesse em outro lugar narrando a minha angústia, que na verdade não
passa de um ardor da juventude.
Que esse ardor não morra.
Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário