quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Hoje




E o destino quero deixar a Deus dará...



Pensando sobre as pessoas, fatos da vida alheia, comportamento e situações.

E no fim não haverá nada além do homem com ele mesmo. Para o pó, somente pó.
Antes disso há o mundo, o verbo e os prazeres.
De solidão e angústia o homem se fez, sólido como pedra, sensível como uma flor.
Não vejo motivos para falar, pensar talvez. Pensamentos nos corroem mais que palavras.
Há mais pessoas ao redor que seus dedos das mãos e dos pés juntos. Mas e daí? O que elas são para você? O que você é para elas?

Pó, sem dó.





Palavras aleatórias. Pensamentos além do horizonte.




Quando acordou sentiu vontade de dormir mais um pouco, puxou o cobertor sobre a cabeça e sentiu o pé do lado de fora, encolheu o corpo. Passaram-se mais alguns minutos e o sol já esquentava o quarto deixando-o abafado. O suor escorria pelas costas. Hora de acordar.
Lavou o rosto e abriu a geladeira, não havia nada além de água. Lembrou que gostava de achocolatado, pegou um copo encheu de água e bebeu como se fosse o achocolatado mais gostoso, estava quente, fazia meses que a geladeira estava quebrada.
Sentou no chão frio e sujo e se encostou na parede. A janela aberta deixava entrar alguns raios de sol, via-se o céu límpido e azul, doía-lhe os olhos. Bebeu mais um pouco. Não sabia como chegara naquela situação, olhou ao redor e viu alguns jornais antigos, folheou. Tinha medo de sair à rua, medo das pessoas, dos carros, das luzes, tanto barulho lá fora... Queria ir embora, mas para onde?
Bebeu mais um pouco.
Calor insuportável, pensou, chingou também, mas não nos vem ao caso. O sol brilhava intensamente, refletia, queimava e enchia de desejos e vontades. Não havia coragem.
Bebeu mais. O copo já estava vazio. Continuou bebendo, afinal, era um achocolatado de sabor inigualável.

Uma vida de ilusão. Nossa própria ilusão.


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