domingo, 11 de julho de 2010

Perto do fogo, meu amor.

Quando eu olho pra mim na foto da parede tento imaginar o que eu diria se quando pequena visse a Helena de agora.
Talvez eu desse risada... Provavelmente guardaria a foto embaixo da cama, porque é lá que nossos monstros se escondem.


Desejar é como nadar contra a correnteza, quanto menos se tem mais se quer.

Quem me conhece vai achar que ando louca (pouca novidade até aqui x) mas eu sempre tive dificuldade pra falar... falar da vida, conversar besteira, mas principalmente pra expressar meus pensamentos. Contar as coisas que eu imagino chega a ser penoso. Não há combinação de palavras que me agrade e quanto mais eu falo mais distante e diferente do pensamento fica.

Uns dias atrás eu escrevi contando que sempre pedi sabedoria, como se fosse algo que viesse em caixas. Ontem - será que foi ontem mesmo? - enquanto conversava me disseram algo intrigante, “Você lê como se fosse o último dia da sua vida, estuda como se quisesse absorver tudo de uma vez, já pensou se um dia você simplesmente esquece de tudo? Se um dia nem seu nome você conseguir lembrar?”
Aquilo doeu. Não foi a primeira vez que palavras me acertaram com violência, mas foi uma dor tamanha que sai pra beber água e não chorar.
O choro ficou guardado em um dos meus potes de sentimento, era para ter jogado fora, mas acabei guardando em baixo do travesseiro.

Na vida o tempo passa e a gente não sente.
Quando criança eu gostava de tirar fotos e fazia mil e uma performances, as pessoas riam e eu achava elas idiotas por não me entenderem. Continuo achando as pessoas idiotas.
Por que não ser louco? As pessoas nem sabem o que é ser louco.
Por que deixar de ser você mesmo por causa do vizinho que não é ele mesmo por medo?
É tempo de esquecer o que os outros pensam de você. E daí que me achem louca? Eu sou eu, e licuri é o diabo.




Meus pensamentos são a parte mais viva de mim.

Nenhum comentário: