segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Sunday Smile

'Sei não viu... Coitado do homem que cai nas artimanhas do amor.'


Faz tempo que eu não escrevo nada, nem que preste nem que não preste. O que será que houve?

Quem sabe... Quem saberá?


Tava observando como o mundo das letras é tão sortido, tão frustrante e por tantas vezes uma bem grande mentira.

Reparei que metade das músicas e livros é sobre amor, intriga ou assassinatos. Ora bolas! Se a vida dos mortais se reflete mesmo nesse tipo de coisa só posso dizer que eles não fazem nada de interessante.

Comem, bebem, sujam, matam, reclamam, gritam e morrem.

Fiquei pensando naquilo que iguala o ser humano a qualquer coisa que possua vida. A morte.

Morrer talvez seja o ato supremo de igualdade, aquilo que nos põe integrado ao máximo com a natureza e com o cosmo. A morte é o instante onde ele pode voltar a se sentir animalesco e lutar pela sobrevivência no seu último suspiro.

A parte ruim é que não si está em consciência depois para sentir a magia que deve ser a tal da morte.

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Semana passada eu fui assistir alguns mortais tocando e cantando em cima de um palco.

Posso dizer que foi muito interessante de ver a euforia das pessoas e suas posições perante o momento em que poderiam comprovar a existência daquilo que só conheciam a partir de CDs e vídeos pela internet.

Beirut.

Ouvi sem querer querendo por aí, aqui ou aculá e encontrei certa beleza excêntrica naquele som. Algo quase alucinógeno para mim, manipulador de humanos.

Continuei ouvindo por um bom tempo e cada vez mais sentia incorporar a sensação das músicas.

Naquele dia, em pé, atrás de algumas pessoas desesperadas e eufóricas, eu passei despercebido na minha fantasia de humana e ouvi pessoalmente eles tocarem.

Beirut.

Soube então que sentiam a mesma coisa que eu, ou pelo menos faziam de conta que estavam a sentir.

Aquela loucura que emanava dos instrumentos e da voz cortada e fora do tom faz parte de todo o universo surreal onde pairam as músicas.

Universo de pensamentos... Porque pensar é a maior loucura que alguém pode fazer.

2 comentários:

Anônimo disse...

=]

Amanda Oliveira disse...

Nem te vi! Eu voltei para casa frustrada depois desse show. :(