sábado, 9 de agosto de 2008

...seria o fim ou só mais um início...



...A vida termina com direito a um último suspiro...


Em um dia de chuva forte saiu de casa para esquecer o que habitava em sua mente.
Caminhou por um viaduto, sentou em sua extremidade e forçou a memória. Era impossível, mas havia algo que ele lembrava e esquecia, mas tão rápido como um clarão.

Caiu, desequilibrou ou se jogou.

Abriu os braços, sentiu o vento passando pelos seus cabelos e rasgando a sua pele. Lembrou de seus livros, das pessoas. As gotas da chuva pareciam tiros de tão fortes, algo estava errado, não era isso a ser feito, mas não havia como para-lo, já estava no ar e milagres não acontecem todos os dias.

E os planos escorreram com a água da chuva. Um nó na garganta fez Maicou de Jesus ter um lapso de memória, ele deveria ter levado a paz e a harmonia para as pessoas pobres e necessitadas, mas ele se esqueceu disso. Os problemas atmosféricos eram tão grandes que afetaram sua saúde, o Mal de Alzheimer já consumia seu cérebro, e a LER não diminuía por nada no mundo - nem mesmo com os remédios homeopáticos que insistia em usar - mas o gosto por livros ainda era grande e ele devia deixar pelo menos um registro como herói para a humanidade, escreveu com seu sangue em um papel velho de propaganda uma história que fazia seus olhos se encharcarem, não houve mais força, sua mão cessou.

Uma pena quem sabe o Super-Homem, que estava fazendo um bico de gari, ter visto o papel antes das tantas Igrejas do Universo, revistas e jornais e jogado no lixo achando que era mais um absorvente sujo que entupiria o bueiro das ruas novamente.

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