quinta-feira, 29 de março de 2012

Toca Raul!

Sinto como se pudesse passar a noite inteira escrevendo... mas nem bem comecei e meus olhos ardem pedindo arrego.

Um comentário sobre a vida, especificamente, sobre a minha vida.

Assisti ao documentário sobre Raul Seixas, e me ocorreu a mesma observação de quando soube as origens das músicas de Renato Russo, e que também me ocorreu quando, finalmente me dei conta do que era mesmo que se tratava o seriado Anos Incríveis, e sua maravilhosa trilha sonora. Falo da inspiração, daquilo que lhes dava o ardor de viver, daqueles que os admirados por mim admiravam.

E percebi, novamente, o óbvio.

Eu os admirava e quando conheci aquilo que eles admiravam na música internacional eu também admirei, ainda sem saber da ligação que havia entre mundos para mim tão distantes. Admirar... é engraçado admirar, principalmente quando admiramos pessoas e as tornamos ícones. Meus ícones já morreram e todos, feliz ou infelizmente, ainda não sei, morreram e viveram de forma parecida.

Eles foram covardes? Eu sou covarde? Covarde em temer viver, em não suportar a pressão social, na verdade vos digo, em não querer suportar o convívio com o ser irreal que todos disfarçam ser, e digo mais! TODOS.

O que eu sou hoje, aonde firmei meus pilares de como ver a sociedade, está extremamente ligado a esses malucos beleza que eu ouvi durante a infância e que continua ouvindo. A diferença do antes para o agora? O que mudou?

Nunca os vi como pessoas, somente como música. Nem mesmo imagem, somente voz.

Hoje em dia eu escuto por aí sobre eles, o que fizeram, o que representaram... muitas mentiras misturadas em verdades mal contadas... mas que por alguns instantes mudam a ideia que eu havia pensado anos atrás sobre o por que dele escrever aquela letra daquele jeito, para muitas coisas, principalmente quando ligadas a arte, eu prefiro não saber, prefiro ficar com minhas ideias e ser feliz com elas, às vezes o autor não queria dizer nada, apenas vomitou em um papel sentimentos atribulados de um ser que sofre e chora assim como eu.

Ter evitado saber sobre a vida daqueles que admiro ajudou ao fato de hoje, mesmo sabendo de coisas que eu não gostaria, continuar admirando.

Ps.: há um tempo estive pensando o motivo que me fez diminuir a escrita... Por que praticamente parei de escrever? Não sabia... penso que quando tenho problemas a inspiração vem, mas não foi o caso, estava sobrecarregada e louca, mas sem desejo pelas palavras, sem a ânsia que me impele quase como se estivesse próximo ao gozo. Eu estava frígida, pois apesar de tudo não havia nada no meu mundo problemático e banal que acendesse o meu desejo. Eu estava com medo? Não sei... acho que não. Talvez eu estivesse apenas precisando de algo que me fizesse ver como antes, filósofa de 8 anos, mas que tinha ideias melhores que as atuais.

Quando criança meus pensamentos me impeliam com mais força, como o balanço em que a gente senta e joga as pernas pra lá e pra cá até quase fazer um looping completo. Hoje resisto para continuar com meu ímpeto infantil. Vontade de ser uma eterna menina de oito ou dez anos? Não, definitivamente não. Minha vontade é de ter um eterno brilho nos olhos para as coisas simples da vida, e isso só o espírito de criança pode me dar.


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Se é pra falar de amor...

Não sei falar de amor.

Durante muito tempo Tree Hugger (música que fez parte da trilha sonora de Juno) era a sinopse do que era o amor. Sempre acho isso... a história entre o peixe que queria ser um cacto para ofertar uma flor ao deserto... não há quem me convença de que esta não é a historia mais pura e simples do amor e da compaixão, e de outras coisas mais que não vem ao caso.


Não sei falar de amor, talvez eu só saiba sentir e viver louca de amar.


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Eu vi que comi umas letras e coloquei outras onde não deveria, mas são horas de dormir e a revisão do texto vai ficar para depois.


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