quarta-feira, 12 de maio de 2010

É hoje, nêga!

Se eu pudesse extravasar tudo com um grito eu gritaria, mas gritaria até não ter mais voz.

Se eu desse um murro na parede e com isso extravasasse eu quebraria com o punho todo pedaço de bloco que aparecesse na minha frente.

Faria qualquer coisa! Quebraria pratos, lascaria a roupa, me jogaria contra o chão... Algo que extravasasse essa energia que fica remoendo dentro de mim.

Uma sensação abafada, como uma panela quente.

Hoje eu lascaria os livros, arranharia os CDs e jogaria a televisão pela janela.

Hoje eu preciso extravasar. Vou lascar lavar as roupas e arrancar pentear os cabelos, quebrar varrer a casa... Talvez uma faxina caia bem.

(...)

Sabe, acho que já extravasei só em escrever, deixa a faxina pra outra hora.


Mas qualquer coisa me segura que eu ainda estou morrendo pra quebrar aquele prato na parede.

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