sábado, 14 de fevereiro de 2009

Para tudo há uma continuação... [2]


Havia um coração deitado na cama. Solitário, ele refletia os raios de sol.






Andava em torno da menina que catava qualquer coisa pelo chão, pulou em alguns galhos da árvore até se encontrar tão alto que não sabia mais como descer miando por se molhar com aquela água suave que pairava no ar dançando enquanto caia.

A garota se pendurou e subiu ao seu encalço, meio entorpecida agarrou o gato com uma mão para não despencar, não iria quebrar mais que alguns ossos. Abraçou o gato e sentou no galho para descansar da escalada. Dali de cima o muro parecia suspenso, mas não passava de mera ilusão, era como uma extensão das pedras que formavam o paredão.

Arrastou-se até a ponta do galho para ver mais de perto a obra-prima daquela natureza. O vento rajou forte e as árvores balançaram freneticamente. Se agarrou com as pernas e o único braço que restava, o gato lhe arranhava os ombros e o rosto tentando se segurar.


Ao cair da árvore vi uma criatura entre as fissuras da pedra, não via melhor porque tinha o gato em minha frente, mas uma flor brotava de sua boca mesmo não sendo planta e com o vento a ouvi sussurrar para mim ‘a magia se desfaz em um copo d’água’.


Caíram no lago.



Se alguém entendeu alguma coisa é porque na verdade não entendeu nada.


-Continuação do Post do dia 21/01/09-

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