sábado, 13 de outubro de 2018

Como uma onda no mar...

Da minha janela é possível ver diversas faces de Salvador, mas atualmente tenho tido medo de olhar para fora. Medo de que pela janela possam ver meus pensamentos e posicionamentos. Medo de mostrar no que acredito e voltar violentada, agredida verbalmente ou fisicamente.
O medo paralisa. Tenho pensado sobre isso.

Tenho tido medo por que é estampado na minha cara aquilo em que acredito, corre pelo meu corpo como o sangue corre pelas veias. Exalo o cheiro. Até de costas dá pra ver. O caminhar denuncia.
Mesmo aqueles a quem chamo de meus, os mais próximos ao meu redor, também me imprimem o temor. 

Quanto mais acredito nos ideais, mais eles tomam forma em meu ser. Hoje, relembro pelo quê eu tenho tido medo e dou risada. 10 minutos sem parar de riso. 

Acredito na igualdade. No sonho dos direitos iguais. Na força e competência da mulher.
Acredito no respeito, na tolerância, no poder da diversidade.
Acredito na educação e seus efeitos na sociedade. Educação crítica, que filosofa, cria e transforma.
Acredito na defesa do meio ambiente. Na cura pela alimentação e contato com a natureza.
Acredito na ética. Nos direitos humanos.
Acredito no SUS.
Acredito nas políticas públicas.
Acredito na humanidade. 
Acredito no neo-humanismo.
Acredito no vegetarianismo. No sentimento de amor e sensibilidade dos animais.
Acredito no poder da auto-observação.
Acredito no Brasil.

Esse ano as eleições mostraram não só candidatos, mas um ideal que inspira medo e violência.
Como uma doença que espalha e tira os sentidos. 
O ser humano em si é uma arma, mas eu sigo acreditando... 

Acredito na capacidade do ser humano de amar e ser amado.
Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. 


Acima do medo a coragem. 


#EleNão



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