terça-feira, 30 de novembro de 2010
Corredor
sábado, 27 de novembro de 2010
Sensações...
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
E eu nem peguei o autógrafo...
Ontem enquanto dirigia para retornar para casa passei por um bairro que ainda tem umas casas antigas, além disso, nada muito diferente do normal, engarrafamento, umas sirenes, luzes e mais luzes me cegando, até aí tudo bem. Sempre acho que as casas estão ficando sufocadas pelos prédios ao redor, tem uma mesmo que me agrada, assusta também, bem, não era disso que eu queria falar. O que acontece é que em dado momento acabei olhando para o alto de uma das construções que estão fazendo e, solitário, na beirada da cobertura do prédio vi algo preto balançando, poderia ser um saco plástico, mas a posição, o local, tudo conspirava para outra dedução. Então passei meus cinco minutos de espera olhando para cima pensando se seria o Batman... não me perdoei por não ter uma câmera.
Era o Batman ou um cover talvez, o importante é que a capa preta sacudia ao vento, lá parecia escuro e ele estava em pé olhando do beiral da construção sem medo... O sinal abriu e alguns carros andaram. Fui embora querendo ficar e quem sabe ir lá pegar um autógrafo.
Ah, se alguém quiser algo para ouvir dá uma olhada em Suki Dakara, achei lindo :)
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
A bolha de sabão
Talvez eu não esteja sabendo explicar, vejamos (...)
O que você faria se de repente começasse a pensar que a vida não deveria ser da forma que é ? (não, eu não vi nenhum filme por esses dias.)
Quando olho a minha volta só vejo um poço de vaidade. Não acredito que haja outra coisa ao redor. Será esse o problema?
Se em algum dia você pensou em dar um retorno à sociedade (não precisa ser ao mundo, pode pensar na sua mãe mesmo), conseguir executar algo que promovesse sustentabilidade e progresso ordenado (ainda que fosse dentro de casa) e tantas outras coisas...
Só que se você assim como eu, entende que no fundo tudo que é feito serve apenas para alimentar o ego e a vaidade deve sentir em quase todas - ou seriam todas - as ações uma base de falta de sentido, promoção da irracionalidade e vaidade desenfreada.
Eu realmente queria ver o produto dessa história, a ordem dos fatores às vezes muda o resultado.
(Falei falei falei... e agora que li vi que não dá pra entender o que eu de fato havia pensado, acho que tenho medo das minhas ideias. Deixa cá com meus botões então.)
Lidar com pessoas não é fácil e isso é bom. Além da arte o que há de mais humano no ser humano é sua personalidade.
Voltar no tempo não é a solução, antigamente as pessoas também viviam a se enganar com a vida... O que eu quero, se eu lá souber realmente o que quero é entender, como me enganei, porque me enganei, como descobri que me enganei e por fim, o que fazer agora que vi o engano que têm a vida.
Esse blog passou a ser - talvez nunca tenha sido outra coisa - um conjunto de tristezas, às vezes um tipo de alegria que só aparece na forma indireta e revoltas mal concluídas.
Eita loucura.
(Não sei, mas quando terminei de escrever "Eita loucura" me veio em mente uma pessoa com a boca cheia de farofa falando. Quem entende...)
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Hoje
E no fim não haverá nada além do homem com ele mesmo. Para o pó, somente pó.
Antes disso há o mundo, o verbo e os prazeres.
De solidão e angústia o homem se fez, sólido como pedra, sensível como uma flor.
Não vejo motivos para falar, pensar talvez. Pensamentos nos corroem mais que palavras.
Há mais pessoas ao redor que seus dedos das mãos e dos pés juntos. Mas e daí? O que elas são para você? O que você é para elas?
Pó, sem dó.
Lavou o rosto e abriu a geladeira, não havia nada além de água. Lembrou que gostava de achocolatado, pegou um copo encheu de água e bebeu como se fosse o achocolatado mais gostoso, estava quente, fazia meses que a geladeira estava quebrada.
Sentou no chão frio e sujo e se encostou na parede. A janela aberta deixava entrar alguns raios de sol, via-se o céu límpido e azul, doía-lhe os olhos. Bebeu mais um pouco. Não sabia como chegara naquela situação, olhou ao redor e viu alguns jornais antigos, folheou. Tinha medo de sair à rua, medo das pessoas, dos carros, das luzes, tanto barulho lá fora... Queria ir embora, mas para onde?
Bebeu mais um pouco.
Calor insuportável, pensou, chingou também, mas não nos vem ao caso. O sol brilhava intensamente, refletia, queimava e enchia de desejos e vontades. Não havia coragem.
Bebeu mais. O copo já estava vazio. Continuou bebendo, afinal, era um achocolatado de sabor inigualável.
Uma vida de ilusão. Nossa própria ilusão.
sábado, 6 de novembro de 2010
Maluca.
Foi minha irmã quem me chamou pra ver
Era um caminhão, era um caminhão
Carregado de botão de rosas
Eu fiquei maluca
Por flor tenho loucura, eu fiquei maluca
Saí
Quando voltei molhada
Com mais de dúzias de botão
Botei botão na sala, na mesa, na TV, no sofá
Na cama, no quarto, no chão, na penteadeira
Na cozinha, na geladeira, na varanda
E na janela era grande o barulho da chuva
Da chuva
Eu fiquei maluca
Eu fiquei maluca
- Composição: Luiz Capucho