Realmente eu dou valor a poucas
coisas, raras comemorações são refletidas por mim com o sentido que elas trazem na vida das pessoas em geral, entretanto, este ano durante dezembro iniciei um período de
reflexão, um pouco desleixada, mas uma reflexão sobre mim e aqueles que me
cercam. Durante o natal me senti invadida não somente pelas luzes, mas pela
melancolia e saudade, pela vontade de conservar ao meu lado aqueles a quem
quero bem. Como todas as vezes, observei as outras pessoas e descobri que nelas
também se encontra esse desejo de estar com os outros, de desejar e reviver a
esperança de um dia melhor, melhor em quê? Não sei, apenas melhor. Encontrei a
solidão emaranhada em tantos e demonstrada em algumas frases e anseios de uma
feliz festa e de um novo ano.
31 de dezembro. Não me lembro de um
dia ter dado valor a essa data, o dia da virada, o dia que se vai para chegar o
novo. Não. Apenas um dia qualquer, mais um por do Sol mais um nascer do Sol. Mas
não é apenas isso, a tal reflexão de dezembro até aí alterou o meu olhar. É mais
um dia, sim, verdade, mas traz em si o momento de lembranças do que vivemos e
dos desejos inalcançados, pensamentos que já deviam ter sido pensados e que
somente agora nos retornam à cabeça. Não como uma tragédia ou uma tristeza
qualquer, mas com um sentimento de receber a outra chance de tentar, de ser e
desejar.
É só isso que o ser humano precisa:
outra chance de tentar. E é na virada do dia 31 que ele recebe este presente
precioso que é iniciar um novo ano.
A todos os loucos que me acompanham aos trancos e barrancos,
Feliz 2013!
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