sábado, 16 de abril de 2016

Sonho da meia-noite


A câmera percorria o local com poças de água suja e casas maltrapilhas. E o narrador dizia, Você sabe como se chama aquele que entra e destrói o seu território? Se chama invasor. Mas não há mais como recuperar o território expulsando eles, eles se multiplicaram e agora são muitos para conseguirem outro lugar para morar. É preciso aceita-los, perdoa-los e trabalharmos juntos. Durante essa cena eu via que uma mão soltava um pequeno porco-espinho ou animal parecido com esse e ele como que retornando a um velho local conhecido do qual havia sido retirado ia caminhando e cheirando aquela água que agora parecia suja. A câmera foi para dentro de uma sala e mostrava de um a um as pessoas sentadas no chão entre ex-invasores e nativos juntos e decididos a discutir as melhorias para aquele lugar.     
Na última cena eu a vi novamente. Seu cabelo negro chamou minha atenção, liso e curto desfiado nas pontas, mais ou menos na altura da orelha, sentada na cadeira de líder atrás de uma mesa. Antes de eu poder vê-la os meus olhos percorreram uma sequência de bandeiras dispostas uma sobre a outra em um suporte e por fim a última bandeira que era escolhida para representar o local, North Carolina, eu ouvia. E ao lado ela abria um sorriso enorme no rosto. O narrador dizia então, Havia chegado a hora de mais um momento de amadurecimento na sua vida e isso envolvia a tomada de cargos de liderança.
Ela é jovem, olhos sorridentes e recebeu a responsabilidade de responder pelo seu povo, índios nativos da américa.

Antes disso tudo ocorrer lembro de outra cena. No início desse sonho acho que cheguei a ver como ela estava antes, seu medo e insegurança, sua união com alguém e que em determinado momento o amadurecimento e a responsabilidade chegariam, mas não consigo lembrar ao certo como a cena foi mostrada.
A bandeira no final eu lembro que havia sido redesenhada, com diferentes tons de verde e azul dispostos parecendo um arco-íris dentro de um círculo. Haviam mais símbolos, mas não lembro agora. 

Um sonho... e isso tudo foi apenas um sonho...

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Sendo luz


Tem sido difícil me concentrar, esvaziar os pensamentos, desligar do mundo e conectar com o meu vazio interno, vazio que me guia na minha busca espiritual e pessoal.
Até mesmo para escrever meus parágrafos desordenados tem sido difícil, porque a minha mente voa longe e tão rápido que não tenho tempo de resgatar o que eu gostaria de escrever.
O ambiente externo apesar de não ser um fator determinante para a minha capacidade de concentração e desenvolvimento de sentimentos exerce uma grande influência. Pude confirmar isso após ter passado um ano e meio vivendo em um local que tinha por hábito ser extremamente silencioso, reduzir as atividades ao final do dia e cultivar árvores ao longo das ruas. Após alguns meses lá ouvindo as mesmas músicas de meditação que escuto aqui eu pude viver dias em que acordava sentindo um amor incontrolável sem explicação, dias em que a alegria se espalhava pelo meu corpo como uma onda sem fim. Tive momentos difíceis e de tristeza, mas a tranquilidade do ambiente me ajudava a estabelecer um grão de tranquilidade interna.
Agora eu passo por um momento de transição, no qual preciso entender que a minha tranquilidade interna impacta e repercute no ambiente externo. Que se eu conseguir cultivar diariamente os pensamentos de amor e luz, a energia ao meu redor também refletirá isso. Não é fácil ser o oposto do meio em que vivo. Não é simples nadar contra a maré. Acordar e perceber como algumas músicas tem estruturas de mantas e como as pessoas conseguem incessantemente ouvi-las, são curtas e repetitivas, falam a mesma sentença por mais de dez minutos, mas a única diferença é que é sobre sexo, violência e mazelas. Sinto um frio na espinha quando escuto aquele toque no celular que é o sino dos templos de meditação alertando a nova mensagem que chegou. Tlim, Tlim, Tlim, e lá vamos nós entrando em um transe de ambições materiais. Não é fácil, mas isso não quer dizer nada. Quanto mais nado contra a maré mais forte ficam meus braços, mais experiência ganho, melhor é o resultado.

Cada dia que passa reconheço que os pensamentos se materializam mais rápido do que imaginamos que aconteça. Cultiva os pensamentos que você quer ver em sua vida, cultiva e colherá.